Opinião
Este ano, no dia 21 de setembro, assinala-se de novo o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Mas mais do que nunca, este ano, em virtude da pandemia COVID 19, é evidente a vulnerabilidade dos doentes, familiares e cuidadores dos doentes com doença de Alzheimer, e a necessidade de uma atenção especial.
A amiloidose hereditária relacionada com a transtirretina associada a neuropatia (hATTR-PN), mais comumente conhecida entre nós como paramiloidose, é uma doença neurodegenerativa de início na idade adulta. Estima-se que, mundialmente, existam cerca de 50 mil doentes com amiloidose hereditária associada a mutações da transtirretina dos quais 10 mil têm manifestações predominantemente neuropáticas (hATTR-PN), a forma mais frequente em Portugal. O mais recente estudo epidemiológico realizado em Portugal, em 2016, identificou cerca de dois mil doentes, representado cerca de 20% dos doentes em todo o mundo.
No dia 18 de novembro de 2017, integrada no Congresso de Neurologia, decorreu a mesa-redonda com o tema "Crises epilépticas e epilepsias em diferentes ambientes hospitalares", organizada pela Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE) e moderada pelo Dr. Nuno Canas, neurologista e neurofisiologista clínico do Hospital Beatriz Ângelo, Loures. A escolha deste tema pretendeu ir ao encontro das necessidades que qualquer neurologista hospitalar enfrenta nas suas atividades de vida diária, nomeadamente na avaliação de doentes com suspeita de e/ou com crises epilépticas no contexto do serviço de urgência, unidade de AVC ou unidade de cuidados intensivos.
O défice cognitivo ligeiro carateriza-se por uma perda das capacidades cognitivas superior ao que é esperado para a idade da pessoa. É geralmente considerado uma fase transitória entre o processo normal da idade e a demência. Estudos recentes demonstram que a presença desta perturbação da função cognitiva pode ocorrer nas fases iniciais da doença de Alzheimer ou de outras demências.
Nas últimas três décadas a Alzheimer Portugal desenvolveu um trabalho meritório no âmbito da informação, da sensibilização, da formação e da prestação de cuidados às pessoas com doença de Alzheimer. Este é um precioso legado, iniciado pelo Professor Doutor Carlos Garcia, que nos responsabiliza e que, simultaneamente, nos motiva na busca incessante das melhores soluções para os desafios que as famílias têm de enfrentar todos os dias.